Resenha: Quando te vi, Amor – Patrícia Dias.


Título: Quando te vi, Amor.
Autora: Patrícia Dias.
Série: Quando te vi #01.
Editora: Bezz.
Gênero: Romance contemporâneo, Drama. 
Páginas: 560.
Ano: 2015.
Idioma: Português.
ISBN-10 : 8568695124.
ISBN-13: 9788568695128.
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Sinopse: Lexie foge há quatro anos das suas escolhas. Ela deixa de ser a menina prodígio de Wall Street e passa a ser apenas uma americana numa aldeia do norte de Portugal. Ela permite que entrem na sua vida poucas pessoas, foge do passado e esconde-se da sua natureza. É uma mulher que está perto dos trinta anos, mas sem objetivos. Vive seus dias passeando com o seu cão Eros, recebendo a visita de Susi e visitas do seu “amigo” David, que são para lá de sexuais.
Gio, um restaurador e pintor promissor, foi brindado pela vida com uma doença degenerativa. Ele passou a ser uma pessoa doente, amargurada. Achou que por estar nessa situação, não teria capacidades para continuar com a profissão, por esse motivo, abandonou Florença, acompanhado do amigo Miguel. Conheceu Lexie, uma mulher que o encanta, fascina e o desafia. 
A caminhada de Lexie acontece com aquela mão quase invisível de Gio, que a faz perceber que o seu crescimento e sua aceitação dependem de ter almas iluminadas, como a dele, por perto, pois são nos erros e no sofrimento de quem a acompanha, que aprende a conviver com os seus fantasmas e reaprende a viver.

 

Olá, pessoal! Tenho aqui, uma resenha para vocês, sobre uma obra que mexeu muito com o meu emocional, uma história fascinante, entre Lexie e Gio. Vamos lá?!


Lexie esconde um passado sombrio, ela tinha o poder de ser melhor em tudo, passava por cima de qualquer um, mas chegou a um ponto de perder alguém querido e isso desencadeou sua ruína. Entregou-se ao álcool e as drogas, foi um momento difícil de sua vida, até que a ficha caiu, Lex foi para uma clínica de reabilitação, quando saiu tomou uma decisão,  a de ficar longe de tudo e de todos.

Ela recebeu de herança uma casa, numa aldeia ao norte de Portugal, passou-se quatro anos e sua nova vida continuava a mesma: Tinha uma amiga Susi, que aparecia de vez em quando e uma amizade colorida com David, que também vinha de vez em quando, passando a noite e indo embora assim que amanhecia. E não podemos esquecer-nos de seu fiel escudeiro, o seu cachorro, Eros – que a mantinha muito ocupada com suas peripécias, até a casa vizinha ser ocupada.

Gio é um italiano, mais conhecido como o “deus italiano de olhos verdes”, foi Lexie quem colocou esse apelido nele, pois seus olhos a encantavam. Gio saiu de Florença para viver num lugar mais sossegado. Ele era um restaurador e pintor, que como a sinopse informa, descobriu uma doença degenerativa e acreditava que não podia trabalhar mais como restaurador, por isso, agora, ele só pintava, desde então.

Os dois começaram uma amizade nada convencional, atiravam farpas um no outro, no entanto, não conseguiam ficar sem se ver. O sarcasmo e as piadas estavam sempre na ponta da língua, de ambos, quando se tratava um do outro.

“Você me irrita, Gio. Sim me irrita como o meu irmão mais velho me irrita.”“Irmão mais velho? Suponho que posso fazer esse papel.”

Em certas ocasiões da raiva dos dois, ficavam se espetando para ver quem ia ceder, mas em outros, no decorrer da leitura, eles tinham uma afinidade fora do comum. Sabiam o que necessitavam sem precisar dizer, os sentimentos de Lexie estavam misturados, ela dizia que era amor fraternal, mas estava se enganando, pois era, nitidamente, mais do que isso.

Lexie tinha um problema sério, ela se transformou em uma mulher vulnerável, não acreditava em finais felizes e levantou um muro em sua volta, longe de seus familiares para não sentir nada. O que ela queria mesmo era esquecer o passado. A mocinha não demonstrava seus sentimentos, não deixava ninguém entrar. Até Gio chegar, e ela se apaixonar por ele, ambos tinham segredos, todavia o medo de serem descoberto, então viviam dizendo em enigmas.

Fiquei com muita raiva nesse momento da leitura, em que descobri o segredo de Gio. Ele demonstrava ser o “cara”, mas na verdade estava cuidando de seu futuro. Talvez por causa de sua doença, Gio queria algo mais firme e seguro, para seu comodismo. Ele foi aceitando as coisas sem opinar, também pode ser por não ter uma estrutura familiar, só sei que no final da leitura, o perdoei – risos – creio que quem optar por ler, me entenderá.

É estranho quando olhamos para nós, somos sempre piores do que o resto. Era assim que eu me sentia, mas existiam sempre pessoas piores que nós. Não é que eles o fossem, mas tinham atitudes de que eu não estava esperando, porque os julgava demasiado inocentes para o que fazem.

A história é bem intensa, Lexi presa em seu passado, era frustrante, às vezes ela vivia em crise com sua consciência, culpando-se. Gio, com seu problema que não tinha solução, vivia aos cuidados de seu amigo e enfermeiro Miguel, os passados sombrios de Lexie e Gio que chegaram ao ponto de confessarem um ao outro, mas não esperavam a entrega mutua sobre os problemas, eles não eram perfeitos, mas aprenderam a se amar do jeito que eram.

Quatro dias enrolada em mim, com se o mundo fosse apenas a minha cama. Quatro dias em que não saí do quarto, em que me alimentava apenas das lágrimas que escorriam e eu as bebia como se os seus minerais me mantivessem viva.

Vou parar por aqui, pois não quero dar spoilers – risos. Adorei cada palavra escrita, cada sentimento colocado e a forma com que foram expressos. Para falar a verdade, fiquei com uma ressaca literária por três dias, não conseguia ler mais nada, tamanha a intensidade da história e a forma com que ela me tocou. É um livro onde finais felizes são possíveis, se você souber enxergar além das entrelinhas. Um livro que nos faz refletir e que aflora todos os tipos de sentimentos possíveis. Eu realmente o recomendo.

Adorei a capa, ela diz muito sobre o que tem dentro do livro, a presença dos personagens que são muito intensas, as emoções a flor da pele. Em relação à edição, as páginas são amareladas, o tamanho da fonte é super confortável para leitura, a história é narrada por Lexie, na primeira pessoa e o livro conta com uma revisão bacana.









Patrícia Dias é autora portuguesa, aos 37 anos redescobriu o prazer que ficou na adolescência, a escrita. Ela adora o escritor Fernando Pessoa. Quando te vi, Amor foi seu primeiro livro publicado e para nossa alegria foi aqui no Brasil, e não acaba por aqui, podemos esperar pela continuação, teremos o segundo: “Quando te deixei, Amor”.




Classificação:

Até mais!

2 comentários:

  1. Olá!

    Não o conhecia, mas parece ser bem bacana. Vou pesquisar mais algumas resenhas pra ver se leio ou não. Obrigada pela dica!

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  2. Olá Cris, tudo bem?

    Adorei sua resenha e com certeza vou colocar na lista para ler. Gosto desse tipo de casal que vivem trocando farpas, por algum motivo, e que ao mesmo tempo tem algo a mais. A leitura fica mais intensa e com conteúdos.

    Beijos

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